Orson, naturalmente, não acreditou. Afinal, meia hora antes, eles estavam juntos, envoltos em uma intimidade que parecia inabalável, e agora Zara, com uma calma desconcertante, dizia para ele ir embora.
Ele ficou em silêncio por alguns segundos, tentando processar o que acabara de ouvir, até que soltou uma risada seca.
— Você só pode estar brincando. Zara, você...
— O que você negociou com Danilo? — Zara o interrompeu.
Orson já estava tirando as luvas, prestes a segurá-la nos braços, mas o tom sério dela o fez parar no meio do movimento. Ele congelou, com a mão ainda no ar, até que a recolheu lentamente.
Sem entender como isso se conectava ao que ela acabara de dizer, Orson ainda assim respondeu:
— Ele tinha alguns problemas com ativos no exterior. Eu resolvi para ele.
— Ah, agora tudo faz sentido. — Zara assentiu levemente com a cabeça.
Orson franziu a testa.
— O que foi? Aconteceu alguma coisa?
— Não, pelo contrário. Graças à sua ajuda, nosso projeto correu muito