Zara estava nas costas de Orson, mas assim que as portas do elevador se fecharam, ela disse diretamente:

— Pode me colocar no chão.

A voz dela estava calma, completamente diferente do tom manhoso que havia usado minutos antes para reclamar de dor no pé.

Orson já tinha percebido que ela estava fingindo, mas ele não a desmascarou. Pelo contrário, seguiu exatamente o roteiro que ela havia criado.

Quando Zara falou, ele continuou sem dar sinais de que iria soltá-la.

Depois de alguns segundos, ela perdeu a paciência.

— Orson, me solta.

— Você não estava com dor no pé? — Orson respondeu, sem pressa. — Estamos quase chegando.

— Você viu, né? — Zara rebateu, sem dar espaço para ele fingir que não entendia. — A Fiona estava escondida lá no estacionamento.

— Sim, eu vi.

— Foi por isso que eu pedi para você me carregar.

— Eu sei.

Zara revelou seu plano sem rodeios, mas, mesmo assim, Orson não a soltou.

Ela apertou os lábios com força antes de completar:

— Então você já