O sangue logo começou a escorrer pela pele e pelos cabelos de Zara. Até mesmo Orson, naquele momento, teve um instante de completa paralisia, como se sua mente tivesse se esvaziado.
Demorou alguns segundos para que ele voltasse a si. Assim que se recuperou, ele tirou à força o cinzeiro das mãos de Zara.
Aproveitando a oportunidade, Zara reuniu toda a força que tinha e empurrou Orson para longe com violência.
Sem dizer mais nada e sem sequer olhar para ele, ela se apoiou na parede e abriu a porta. Mas, antes que pudesse dar o primeiro passo para fora, Orson agarrou o braço dela por trás.
— Me solta! Orson, seu desgraçado, solta agora! — Gritou Zara, sua voz carregada de raiva e desespero.
Quando percebeu que ele não a soltaria, ela não hesitou. Baixou a cabeça e mordeu o braço dele com força.
Ela já estava à beira de um colapso, e, sem qualquer hesitação, cravou os dentes até sentir o gosto do sangue. Mas, mesmo assim, Orson não soltou nem emitiu um único som de dor.
Zara