Orson não sabia se realmente existia alguma espécie de lei universal que regia o mundo. Uma regra que dizia que, quanto mais você temia que algo acontecesse, maior a chance de isso acontecer. E, quanto mais você não queria ver uma certa pessoa, mais inevitável era encontrá-la.
Naquele momento, ele estava parado, com uma expressão impassível, olhando para a mulher que estava não muito longe dele. Zara vestia algo simples: uma camisa azul-clara, uma saia preta, o cabelo preso em um rabo de cavalo baixo, e sua maquiagem era muito mais leve do que na noite anterior.
Mas o que mais chamava atenção era o sorriso no rosto dela, aberto e radiante. Ela parecia estar conversando animadamente com o homem à sua frente, em um clima aparentemente leve e descontraído.
— Sr. Orson? — A voz de alguém ao lado dele o chamou, hesitante, esperando por suas instruções. Ao perceber que ele havia parado de andar, a pessoa parecia ainda mais nervosa.
Orson tentou dar um passo à frente, mas, por algum m