Evander falava tão perto que seu hálito quente roçou a pele de Zara.
Aquela sensação fez com que, por um instante, ela se lembrasse de quando esteve diante de Roberto. A mesma repulsa, a mesma náusea subiu de repente, fazendo seu estômago revirar.
Zara cerrou os dentes devagar, seus olhos fixos no homem à sua frente.
— Evander, se você tentar qualquer coisa, eu chamo a polícia agora mesmo...
— Chame. — Evander riu, sem o menor traço de preocupação. — Mas você realmente acha que, com a sua reputação no momento, alguém vai acreditar em você? Acha mesmo que, quando isso chegar aos ouvidos dos outros, eles não vão dizer que foi você quem me provocou?
O sorriso de Evander se manteve intacto, do mesmo jeito que ela sempre o conheceu. Mas, naquele momento, aquele rosto familiar parecia o de uma serpente, pronta para dar o bote.
Zara abriu a boca, mas não conseguiu encontrar palavras. Tudo o que sentia era um nó sufocante na garganta.
Evander percebeu sua hesitação, e seu sorriso