— Mas você fez isso? Na última festa, parece que se divertiu bastante, não? Feira noturna? Fliperama? E o que mais? Que outro tipo de “social” você anda fazendo? — Orson falou, deixando escapar uma risada baixa e fria. — Zara, você realmente acredita que é insubstituível?
Durante todo o tempo que o conhecia, Zara nunca o tinha ouvido falar tanto de uma só vez. Porém, cada palavra que saía de sua boca era como uma lâmina afiada, cortando direto o peito dela, rasgando sem piedade.
Ela sempre soube que ele era orgulhoso e inalcançável, mas antes, ao menos, ele escondia isso sob uma camada de educação e frieza. Agora, nem mesmo essa máscara restava.
O olhar de desprezo e superioridade que ele lançava nela era um lembrete cruel de que nunca foram iguais, nem no começo, nem agora.
Ela não tinha o direito de fazer amigos, isso ficou claro para Zara. Ela não era nada além de um objeto que pertencia a ele.
E agora, na visão dele, esse objeto estava “sujo”. E, como qualquer coisa que p