A fortaleza inteira vibrava como se algo enorme estivesse batendo do lado de fora. Pedras caíam do teto, o chão tremia em ondas. Guardas corriam nos corredores, todos armados com lanças de luz.
Lyria sentia o medalhão pulsar tão forte que chegava a doer.
Kael segurou o braço dela.
— Não solta minha mão — ele disse. — Não importa o que você veja.
Ela engoliu em seco.
— Não vai adiantar, né?
— Não — Kael respondeu. — Mas talvez a gente pareça mais forte se ficar juntos.
Eles seguiram pelos corredores até chegarem ao pátio principal, onde o portal secundário — um arco de pedra escura — brilhava como se estivesse sendo consumido por fogo prateado.
Soldados se posicionavam ao redor, formando um círculo de proteção.
A mulher do conselho estava à frente, o rosto tenso pela primeira vez.
— A energia é forte demais — ela avisou. — Se continuar assim, a fenda vai se abrir por completo.
Kael puxou Lyria um pouco para trás.
— A gente devia sair daqui — ele murmurou. — Agora.
Antes que Lyria pudes