Os Caçadores do Vazio avançavam.
Não corriam.
Deslizavam.
Como se não tocassem o chão — como se o espaço cedesse para deixá-los passar.
Corpos altos e longos demais, pele branca sem textura, bocas abertas em silêncio absoluto.
Lyria respirou fundo.
As três trilhas brilhavam atrás dela…
luz
sombra
vazio
… e agora ela sabia que não tinha minutos. Tinha segundos.
A mãe falou atrás dela:
“Eles só podem existir neste lugar.”
“E só atacam aquilo que ameaça a ordem.”
Lyria estreitou os olhos.
— Então é pessoal.
A figura da mãe se dissolveu um pouco com a aproximação dos Caçadores.
“Lyria… esses seres já mataram guardiões inteiros.
Você precisa decidir agora qual trilha vai usar.”
Lyria olhou para os três caminhos.
Sentiu o peito se apertar.
— E se eu escolher errado?
A mãe não respondeu.
Os Caçadores chegaram a poucos metros.
Não faziam barulho.
Não tinham cheiro.
Não tinham sombra.
Eran diria que eles eram “a ausência do que existe”.
Kael diria que eram “uma ameaça”.
Elyon diria que