Duas semanas haviam se passado desde que Evelyn selara as rachaduras do Véu.
Desde então, o mundo parecia… sutilmente diferente. Mais desperto. Animais agiam como se ouvissem coisas que os humanos não conseguiam. As crianças falavam em sonhos com vozes que não eram delas. E os relógios — todos, em diferentes partes do mundo — haviam parado exatamente às 3h33 da manhã por 33 segundos.
A Aurora, a rede secreta que monitorava manifestações espirituais e rupturas do Véu, entrara em estado de alerta máximo.
E Kieron Bennett… fora convocado para a Sala Escura.
O local era subterrâneo. Construído sob uma antiga igreja em ruínas, na fronteira entre três linhas leiláticas conhecidas como “cruzes adormecidas”. O ar ali era frio, espesso, como se carregasse a respiração de mil vozes caladas.
Lia estava ao lado dele, agora como integrante oficial da Aurora. Ezra, de volta com sua venda, sentava-se em silêncio, absorvendo a tensão da sala como um espelho vivo que jamais parava de refletir.
— Os po