Cristina
Cillian retirou o tênis esportivo e se deitou ao meu lado, de barriga para cima. Eu me deitei no seu peito, juntando o meu corpo a lateral do seu. Ele estava tenso e parecia paralisado, mal respirava, e o seu coração batia muito acelerado.
— Você está muito tenso. Prefere dormir sozinho?
— Faz muito tempo que não durmo com alguém.
— Tudo bem se quiser ir embora. Não quero que fique só para me agradar. — Sentei-me na cama, fechando o robe.
Cillian fechou os olhos e respirou fundo.
— Quero ficar, mas… — interrompeu-se.
— Está com medo de que eu toque em lugares desconfortáveis para você?
Ele se sentou, escorando-se na cabeceira.
— Sim.
— Quando vamos falar sobre isso?
Os seus olhos vieram até os meus e se encheram com tamanho sofrimento. O meu peito se afundou, quase se quebrando. O que lhe causava isso? Ele abaixou a cabeça, tentando esconder o semblante caído e terrivelmente triste.
— Tenho a sensação de que estou me tornando um cara frustrante para você.
— Talv