Cristina
Nós nos sentamos e Cillian pegou imediatamente a minha mão sob a mesa. Caroline jogou o seu cabelo para trás dos ombros e ergueu a mão, chamando o garçom, que prontamente se pôs a caminhar na nossa direção.
— Qual é a dos óculos? — Cillian perguntou, curioso.
Ela virou o rosto para ele, forçando mais um sorriso. Falar dos óculos que cobriam quase metade da sua face a incomodava.
— Meus olhos estão um pouco irritados.
Cillian apertou um pouco a minha mão. Olhei-a para ele e o vi encará-la com olhos estreitos.
— O que aconteceu?
— Não sei. Acho que talvez uma reação alérgica.
— Então eu devia levá-la ao hospital. — O tom dele soou mais duro.
— Não precisa. Não é grave. — Ela continuava a sorrir.
— Deixe-me ver! — Desencostou-se da cadeira, ficando mais tenso.
Caroline perdeu o sorriso.
— Eu disse que está tudo bem! — A voz já não soou mais tão suave e delicada.
— Tire. Os óculos — falou ele, pausadamente.
Ela engoliu em seco e abriu a carta de vinhos.
— Qual vinho prefere, Cris