Cristina
Depois de um almoço regado de comida brasileira, fomos todos juntos comprar o pinheiro de Natal. As gêmeas estavam muito empolgadas. Marisol e o meu pai queriam levar o pinheiro de um metro e oitenta de altura. Já a minha mãe dizia que o de um metro e meio era o que caberia na sala. Todo ano, a mesma discussão, para no fim uma árvore natalina de um metro e oitenta ocupar boa parte do cômodo.
— Então vamos ter duas ceias de Natal? — perguntou Cillian.
— Sim — responderam as gêmeas em uníssono, enquanto me ajudam a decorar a árvore.
— E por quê?
— Porque no Brasil a ceia é feita da meia-noite do dia vinte quatro para o dia vinte cinco. E aqui, é comemorado no jantar do dia vinte e cinco — explicou Sol.
— Entendi.
Quando acabamos, ligamos as luzes e nos sentamos no sofá admirando o trabalho bem-feito. A minha mãe se aproximou da árvore com um pequeno grampo e prendeu em um dos galhos a foto de Thomaz. Cillian pegou a minha mão e entrelaçou os nossos dedos. Um pequeno sin