O alerta chegou ainda antes do café. Isabela havia acabado de destrancar a sala de reuniões no 15º andar quando Marina entrou apressada, o tablet em mãos e o rosto tenso.

— Saiu uma matéria no Impacto Real — anunciou sem rodeios. — E… não é boa.

Isabela ergueu os olhos, imediatamente em alerta.

— Do que se trata?

— Eles estão questionando a integridade do projeto social. Acusam a empresa de usar a iniciativa como ferramenta de marketing, dizendo que tudo não passa de uma fachada corporativa.

Marina virou o tablet para que ela visse. O título era agressivo, direto:

“Filantropia de fachada: projeto social da CorpGroup é só publicidade emocional?”

O subtítulo vinha com ainda mais força:

“Com fontes internas e análises externas, investigamos se o ‘Programa Horizonte’ é genuína transformação social — ou só mais uma campanha com fotos bonitas e pouca entrega.”

Isabela leu as primeiras linhas com o estômago apertado. O autor era conhecido por seu tom investigativo e por artigos que