O sol nasceu tímido naquela manhã de setembro, como se soubesse que o dia traria mais do que apenas celebrações. Pedro acordou com o coração acelerado, não por causa do aniversário de sua esposa Isabela, mas por saber que também era o dia de Sofia — a mulher que, sem querer, havia se tornado um furacão em sua vida.
Ana, sua filha de cinco anos, correu até o quarto de Pedro onde Sofia havia passado a noite e com um sorriso largo e um desenho nas mãos.
— Tia Sofia! Feliz aniversário! Fiz isso pra você! — disse, entregando um papel colorido com corações e estrelas.
Sofia sorriu, emocionada. Seus olhos brilharam de gratidão enquanto segurava a pequena mão de Ana. "Obrigada, minha flor. Você é o melhor presente que eu poderia ter", ela sussurrou, a voz embargada. Ana, com seu cabelo escuro e olhos curiosos, abraçou Sofia com a ternura de uma criança que havia encontrado um refúgio. A cena, tão íntima e genuína, era um retrato do laço que se formava entre as duas. A pequena não era apen