Uma história de amor de que inicia através de uma amizade na infância, mesmo com a distância ao passar dos anos o amor só aumenta, tem como cenário a comunidade da Rocinha. Alexia uma vendedora de loja de roupas que tem um sonho, Rhael jovem humilde que por viver uma situação difícil virou gerente do tráfico, em um baile eles se reencontram e a partir daí não se desgrudam mais, e terão que lutar para viver esse lindo amor. RL - Apresentação. Oi galerinha tudo belê eu sou o Rael tenho vinte e três anos nascido criado na Rocinha, sou gerente do tráfico minha mãe dona Roberta sempre sonhou que eu fosse médico ou advogado porém devido a dificuldade da vida acabei seguindo o caminho mais fácil, desde moleque eu sempre quis ter um tênis maneiro, ou poder comer uns lanches sem precisar pedir para os outros na escola era zoado pelos moleques que tinha condição melhor, pelo motivo de sempre ir com o mesmo kichute que quando o bico não estava rasgado, a sola soltando e daí quando eu fiz treze anos eu resolvi que ia entrar para o tráfico, comecei com um aviãozinho depois eu subi para a função de vapor, e daí pra frente fui me sobressaindo nos corres aos dezoito anos virei soldado para poder escoltar a mulher do chefe nos passeios, e aos dezenove passei a ficar na liderança da segurança da casa do dono do morro, aí depois comecei a ficar responsável pela contabilidade era bom, e me colocaram para gerente, abaixo do sub eu que resolvo, quase tudo porém eu tenho ambição de ser o dono porque isso é assunto para outra hora deixa baixo eu devo honestidade ao comando e cumpro com as minhas obrigações,
Leer másPrólogo.
ALEXIA - Apresentação.Eu me chamo Alexia, tenho vinte aninhos e sou moradora da Rocinha, tenho um metro e sessenta de altura, sou branca, cabelos negros, olhos azuis, boca carnuda, seios medios e bunda grande, eu nasci e fui criada aqui e desde que me entendo por gente eu conheço o Rael, nós fomos criados juntos a Roberta, mãe dele mora do lado da casa dos meus pais, ela e minha mãe dona Alana são super amigas .Por esse motivo sempre fomos próximos desde bebês até a fase da adolescência, quando ele resolveu entrar no tráfico, depois disso eu me afastei, ele é moreno claro, tem um metro e oitenta de altura, sarado, cabelo liso e curto, olhos mel, cabelos castanhos, mesmo sendo apaixonada por ele, apesar dele ser um pouco mais velho que eu, devido ao corpo em forma nem parece que ele tem vinte três anos, mudando de assunto eu trabalho em uma loja de roupas, em Copacabana na zona sul do Rio, agora são seis horas da tarde e estou voltando para casa, vivenciando a parte mais tensa do dia, em pé segurando no ferro do ônibus equilibrando para não cair e sentindo o fedor de suvaco vencido de um passageiro ao meu lado rsrsrs, e pela graça de Deus já está perto da entrada da comunidade e logo estarei em casa e estarei livre desse odor, enfim o motorista parou a condução em frente a entrada da comunidade, esperei todos descerem pois aqui é o fim da linha para nós passageiros, olho no relógio que marca seis e meia pego a minha mochila e ajeito nas costas e começo a descer os degraus da escada e vou em direção ao meio fio da calçada, olho para um lado e quando estou com um dos pés na calçada sinto um vento forte próximo a mim e um jato de água gelada na barra da calça jeans, quando piso com o pé esquerdo na calçada eu sinto um alívio de não ter sido atropelada.- Filho de uma quenga.Falo enfurecida quando paro pra analisar o estrago na minha roupa, me sobe um ódio do idiota que passou rente a calçada sendo que a rua é enorme e tem bastante espaço para ele passar.Quando escuto a voz dele minha ficha cai só podia ser o Rael.Rael - Ô mandada tá xingando minha mãe por causa de que?- Você ainda pergunta, seu cara de pau olha o estrago que você fez na minha roupa e o pior eu quase fui atropelada. - Tu precisa de óculos pô.- A vá se catar uma rua enorme dessa eu tu passou rentinho ao meio fio de propósito, e ainda vem dizer que eu preciso de óculos.A rua inteira parou olhar o fuzuê, cambada de fofoqueiro.- Seus zé povinho bora circula que aqui não e casa da mãe Joana não, bora voltar ao afazeres.- E como eu fico vou ter que subir o resto morro toda suja?- Foi mal pela tua roupa eu passei pertinho pra te assustar tu é maior metida passa na rua e nem fala comigo, mais eu não contava com a água, desculpa pela tua roupa monta aí na garupa que eu te dou um bonde até a tua goma.- Eu não falo por que na maioria das vezes você tá acompanhado dos moleques da boca que são tudo abusado se eu der um bom dia já vai achar que eu to dando confiança, e fala pra todos que e com excessão de você e o LC, ai prefiro ser tachada de esnobe do que correr o risco de ser agarrado num beco da vida, e quanto ao bonde não faz mais do que a sua obrigação estou suja por tua culpa, falo subindo na moto.- No morro é proibido estupro e se alguém tentar algo contigo a força me da um salve, que eu assumo a bronca e cobro fo arrombado.- Como se cobrar fosse adiantar já teria sido agarrada.- Mais ia evitar de acontecer com outra mulher.- Pelo visto você não perde a marra, desde pequena tem essa banca de braba mais a tua sorte que eu te conheço desde a época do berço, e sei que por trás dessa pose toda aí tem uma garota frágil e encantadora.- As pessoas mudam e a garota que você viu crescer mudou também, agora vamos logo que eu preciso tomar um banho e tirar o suor do corpo e tirar essa roupa suja de lama.- Já é marrenta tua sorte que tu lombrou comigo que tenho uma consideração com a tua família, agora se fosse com outro o bagulho ia ficar sinistro pro teu lado por causa do teu deboche e arrogância.Ele falou ligando a moto, e guiou até a minha casa e assim que a moto parou eu deci e entrei pelo portão, e quando estava quase abrindo a porta de entrada, ouvi ele gritar.- Agradecer pelo bonde não te faz menos marrenta não.- Aff seria o mesmo que agradecer por você ter me sujado toda idiota.- Já é pelo visto discutir contigo é um caso perdido, tu tem argumento pra tudo.Ele saiu disparado com a moto pisando no acelerador pro alto do morro, e eu entrei em casa pendurei a mochila no suporte de bolsas no canto da sala, e pelo silêncio não tem ninguém aproveitei e fui direto para o banheiro, tirei a roupa do corpo entrando no box liguei o chuveiro e deixei a água cair bem no corpo e em seguida lavei os cabelos com o shampoo da palmolive, fazendo bastante espuma e depois enxaguei bem, o segundo passo foi ensaboar bem o meu corpo e depois tirei o sabão todo, assim que finalizei a ducha sai do box enrolada na toalha e segui para o meu quarto e peguei um conjunto de baby dool para vestir e vou aproveitar para tirar um cochilo até a hora do baile.Sextou bebê vou balançar bastante a minha raba com a minha melhor amiga Alícia, que por acaso é prima Rael, vulgo RL me disperso desses pensamentos e deixo os meus olhos fecharem com o peso do sono.RAELSe alguém me dissesse, naquele dia em que eu cheguei com a moto toda suja da obra e joguei aquela lama em cima da Alexia, que ela ia ser a minha esposa… eu ia rir. Não porque eu não sonhava com ela, mas porque parecia impossível. Ela tava linda mesmo toda suja, bufando de raiva, com aquela cara brava que só ela sabe fazer. A gente se esbarrou naquele momento, literalmente, mas foi no baile que tudo recomeçou.Naquele baile, eu vi de novo a minha Alexia. A menina que eu amava desde pivete, que eu via brincando de amarelinha na viela com a saia rodando e rindo alto. Só que agora ela era mulher. Forte, decidida, cheia de feridas que o mundo fez, mas também com uma luz que só ela tem. E ali, mesmo sabendo que o mundo tava desabando em volta, eu escolhi amar ela de novo.Passamos por cada coisa… O morro virou campo de batalha, meu nome virou alvo, a vida virou guerra. Mas ela ficou. Mesmo com medo, mesmo sem entender tudo, ela ficou. Foi minha base quando tudo queria me derrubar. Teve
O sol apareceu tímido naquela manhã, filtrando os primeiros raios pela fresta da cortina do quarto. No ar, ainda pairava o perfume da noite anterior: mistura de amor, suor e promessas sussurradas no escuro. Alexia foi a primeira a abrir os olhos. Seu corpo ainda estava entrelaçado ao de Rael, que dormia sereno, com uma expressão que ela poucas vezes tinha visto: paz absoluta.Ela ficou ali, observando o marido, com o coração apertado de gratidão. Não era só pelo casamento, pela festa ou pela noite perfeita. Era pela jornada. Pela superação. Pela forma como eles haviam construído tudo, tijolo por tijolo, afeto por afeto.— Já tá me encarando, amor? — Rael murmurou, com a voz ainda rouca do sono.Alexia sorriu, passando a ponta dos dedos pela barba dele.— Tô só confirmando que não tô sonhando…Ele puxou ela pra perto e deu um beijo em sua testa.— Tá acordada, casada e mais linda do que nunca. — E completou, com um sorriso safado. — E toda minha.O celular vibrou em cima do criado-mudo
A festa ainda rolava solta na laje quando Rael puxou Alexia pela mão, os dois trocando olhares cúmplices, sorrisos que diziam tudo sem falar nada. Eles foram se esgueirando pelos corredores cheios de parente, amigos, abraços e música alta até finalmente chegarem à porta da casa que agora era deles. A nova casa. A nova vida. A nova história.Rael abriu a porta devagar e olhou pra ela.— Pronta pra ser só minha hoje e sempre?Alexia respondeu com um beijo. Daqueles demorados, molhados, que falam de amor, de saudade, de desejo e de promessas. Ele fechou a porta atrás deles. O silêncio ali dentro contrastava com o batuque da festa do lado de fora, mas o coração dos dois fazia mais barulho que qualquer som.A casa estava decorada com pétalas de rosas pelo chão e velas aromáticas espalhadas pelos cantos. Alicia tinha cuidado de tudo com carinho — e com um toque de ousadia. Na cama, um lençol vermelho novo, vinho no balde de gelo, uma playlist rolando baixinho com músicas que eles amavam.Al
O beijo selou a promessa, mas foi o som da comunidade vibrando que deu o tom do que viria a seguir. Fogos estouraram no céu como uma explosão de bênçãos. O morro inteiro parecia ter parado pra assistir aquele momento — não só porque Rael agora era o dono da quebrada, mas porque aquela história era deles também. Alexia e Rael representavam amor, superação, esperança.Assim que a cerimônia terminou, os noivos foram abraçados por Alicia, Suelen, William, Seu Allan pai de Alexia e Alana mãe da Alicia, Roberta mãe de Rarl. Era tanto choro, sorriso e emoção que parecia que a Rocinha tava vivendo um capítulo de novela.— Eu falei que ia ser o casamento do ano, né? — Alicia disse, com os olhos borrados de maquiagem e o coração explodindo de alegria.Alexia riu, apertando a mão da melhor amiga.— Foi muito mais. Foi um sonho real.O DJ aumentou o som...— Foi muito mais. Foi um sonho real.O DJ aumentou o som, e a batida do funk tomou conta da laje, como se o coração da Rocinha batesse ali, ju
2 meses depois do pedido de casamento.O sol nasceu diferente naquele dia na Rocinha. Era como se até o céu tivesse entendido a grandiosidade do momento. As nuvens deram espaço pro azul limpo, e o vento leve soprava uma calma que contrastava com a ansiedade que Alexia sentia no peito. Era o grande dia. Depois de tudo que ela e Rael tinham vivido — da guerra, da luta, da reconstrução — eles iam finalmente dizer sim diante de Deus, da comunidade e das raízes que sustentavam os dois.A Laje da Vitória foi transformada num verdadeiro altar ao céu. Alicia, Suelen e a equipe de apoio estavam ali desde cedo, montando cada detalhe com carinho. A decoração trazia o branco predominante, mas com toques de dourado e verde, lembrando esperança e renascimento. Luzes penduradas cruzavam o teto como estrelas artificiais. As cadeiras foram cobertas com tecidos simples, mas delicadamente amarrados com fitas de cetim.No centro, um arco rústico de madeira com flores brancas e lavandas naturais marcava o
Seis meses. Seis meses se passaram desde que Rael assumiu o controle da Rocinha. E naquele início de noite, sentado na laje de casa, de frente pro morro iluminado e pulsando vida, ele refletia.— Seis meses... parece pouco, mas é uma eternidade quando se carrega a responsa de tanta gente, tantos sonhos, tantas dores. — murmurou ele, encarando o horizonte.Desde que assumiu, a comunidade tinha mudado. As ruas estavam mais tranquilas, os bailes rolavam sem violência, o comércio prosperava, a molecada podia brincar na rua sem medo. O que antes era só sobrevivência virou vida de verdade. E um dos marcos mais fortes dessa nova era foi a aliança com o Borel.Rael tinha sentado com o Sheik e com o PV várias vezes. As tretas antigas ficaram no passado. Agora era troca de ideia, ajuda mútua, proteção pros dois lados. E o povo sentia isso, sentia a força da união. Não era só questão de segurança — era respeito, era construção.— A Rocinha e o Borel tão mais fechados que nunca. E é disso que eu
Último capítulo