Capítulo 9

uma filha, mãe solteira, aqui com a gente do que as pessoas por aí te chamando de carrasco sem coração. Pros outros você é um bom homem, mas você tem que ser melhor ainda pra sua família. Ela ainda é uma menina, que está pagando pelos seus erros. E somos as únicas pessoas que não podiam abandoná-la. Pensa bem, porque sei que você vai se arrepender de ter feito isso com ela.

Seu Joaquim no fundo também sofria no calado. Ele pegou seu chapéu e saiu sem dizer nada.

Loura já estava no oitavo mês de gestação e chorava todos os dias com saudade da mãe e dos irmãos. De repente alguém bateu palma. Ela saiu para atender e era seu pai. Apreensiva ela abaixou a cabeça. Ele, com lágrimas nos olhos, abraçou a filha pedindo perdão.

— Volta para casa, filha. Eu sei que fui muito cruel te batendo daquele jeito e te expulsando de casa. Sua mãe está sofrendo muito. Todos nós queremos que você volte para casa.

Ela olhou para dona Maria e disse: 

— Eu vou voltar para casa e não sei como agradecer o que a senhora fez por mim. Vou ser grata por resto da vida.

— Não precisa agradecer, minha filha. É minha obrigação de avó. Não some. Quando a criança nascer, traga para eu ver. 

E assim se despediram.

Chegando a casa, dona França foi a seu encontro chorando e a abraçou, agradecendo a Deus por ter a filha de volta.

Apesar das dificuldades que passava, Loura era feliz porque agora tinha o apoio dos seus pais ao seu lado, mas a preocupação e o arrependimento por ter tentado tirar aquela criança inocente e que poderia vir com problemas sérios de saúde eram constantes em sua consciência. Ela pedia perdão a Deus todos os dias para que sua filha viesse saudável, sem nenhuma sequela daquele remédio que 

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