Eu estava sentado na cadeira rígida do réu, ao lado de Luiza, que tremia de leve, mas mantinha o sorriso forçado. O meu advogado, Dr. Fontes, terminava sua argumentação inicial sobre a suposta "instabilidade" de Lara e o meu desejo de "proteger a moral" de Maya.
O juiz, um homem grisalho e austero, assentiu impaciente. Então, deu a palavra ao advogado de Lara, o Dr. Vicente.
Ele se levantou, e a energia na sala mudou. O Dr. Vicente não parecia um advogado; parecia um carrasco.
— Meritíssimo, a defesa da Sra. Lara não se baseia em meras negações. Baseia-se em provas irrefutáveis de fraude e coação. O processo movido pelo Sr. Lucas foi arquitetado e motivado por uma conspiração criminosa, da qual ele foi a primeira vítima.
O Dr. Fontes se levantou, incrédulo.
— Objeção, Meritíssimo! Calúnia!
— Prossiga, Doutor — o juiz ordenou, a voz grave.
— A Sra. Lara foi abandonada sob a premissa de que sua filha, Maya, não era do Sr. Lucas. Apresentamos aqui as conversas de texto, fotografadas in l