— Pronta, maninha? mamãe disse que a Doutora Lúcia é a melhor obstetra da cidade. E o consultório dela é bem pertinho da praia, olha que luxo — Emma disse, sorrindo.
O plano era claro: primeiro a saúde, depois a justiça. O corpo de Maya era a minha prioridade.
O consultório da Dra. Lúcia ficava em uma rua arborizada, a poucos quarteirões da casa alugada. No banco de trás do carro, Mia segurava minha mão, e no banco do motorista, Emma dirigia com a calma de quem nasceu sabendo que o ritmo da vida não precisa ser frenético. Meus pais vinha atrás no seu carro. Minha mente não parava, claro. A imagem de Lucas ainda tentava se impor, mas eu a afastava com a mesma frieza. A dor se transformou em um escudo de aço: foco. Eu estava ali para Maya, e só.
O local era simples, mas impecável, com cores claras e um quadro de paisagem marinha na recepção. O aroma era de limpeza e esperança, não de hospital ou tensão.
Quando a assistente chamou meu nome, senti aquele tremor usual de expectativa. Mas d