A água gelada escorria pelo meu rosto, me fazendo arfar de susto. Pisquei algumas vezes, tentando entender o que estava acontecendo, e então vi Bruna parada à minha frente, segurando o balde vazio e rindo.
— Sua piranha desgraçada. — Minha voz saiu carregada de raiva.
Ela gargalhou alto, um som cheio de escárnio, enquanto me olhava de cima com aquele ar de superioridade que sempre me irritou.
— Tu não tá em posição de falar nada, sua vagabunda. Tá gostando do tratamento que o meu homem tá te dando? — Ela rebateu, cruzando os braços.
Senti o gosto amargo da raiva subindo pela minha garganta. Odiava a forma como ela falava, como se estivesse no controle.
— Como você desceu tão baixo, Bruna? Se juntar com aquele desgraçado só pra quê? Pegar o Matheus pra você? — Cuspi as palavras, sem me importar com o que viria depois.
Ela estreitou os olhos, o sorriso desaparecendo por um instante, mas logo voltou com a resposta afiada.
— O MT ia me fazer de fiel até você querer voltar pra ele. Aí foi