Dois meses haviam se passado, e minha barriga parecia ainda maior. O cansaço já era parte da rotina, mas, com tudo que eu tinha para fazer, não sobrava tempo para ficar parada. Apesar de tudo, eu estava ansiosa e animada com a chegada dos meus bebês. Estava sentada no sofá da sala, conversando com Macla, minha vizinha e amiga de longa data, quando senti uma dorzinha na barriga.
— Ai... — Levei a mão à barriga, tentando disfarçar.
— O que foi isso, Halu? — Macla perguntou, alarmada, me encarando com preocupação.
— Acho que está na hora. — Respondi, tentando manter a calma.
— Na hora? Como assim? Você está só com oito meses, mulher! — Ela se levantou num pulo, já agitada.
— Eu sei... Mas estou sentindo que é a hora. — Respirei fundo e peguei meu celular para ligar para Matheus.
O telefone chamou algumas vezes até que ele atendeu com aquela voz despreocupada de sempre.
— Fala, amor. Onde você tá? — perguntei.
— Tô com o Luizinho recebendo um carregamento grande. Tá tudo bem aí?
— Acho qu