O sol já estava alto quando deixamos o castelo. Julia, animada como sempre, falava sobre os locais que gostaria de me mostrar — mercados de ervas, becos com cafés escondidos e uma praça onde crianças treinavam esgrima com bastões de madeira. Anne caminhava ao meu lado em silêncio, como se estivesse absorvendo tudo, protegendo-me tcom o olhar atento que só uma amiga leal saberia oferecer.
Usei um vestido simples, azul-acinzentado, sem adornos. Me senti estranhamente livre ao não carregar nenhum símbolo real. Era só eu — Lya. Uma jovem, uma fada, alguém tentando entender seu coração.
As ruas estavam mais vivas do que eu esperava. Vendedores anunciavam frutas frescas e tecidos coloridos, crianças corriam entre as carroças, e o aroma de pães recém-saídos do forno invadia tudo.
— Olha ali! — Julia apontou animada. — Eles estão plantando uma nova horta pública. O príncipe organizou isso para as viúvas da vila.
Sorri com a iniciativa, mas não esperava sentir o que senti a seguir.
Ao me aprox