Mundo de ficçãoIniciar sessãoEle para o carro em frente ao enorme prédio e, assim que descemos, ele entrelaça seus dedos nos meus, conduzindo-me para dentro. Sinto olhares sobre mim.
Será que essas pessoas acham que sou prostituta? Se eu estivesse no lugar delas… eu também acharia. Seguimos direto para o elevador. Assim que entramos e a porta se fecha, ele me empurra contra a parede espelhada. Não tenho tempo nem de respirar. Sua mão desliza por baixo do meu vestido e, em um movimento rápido, ele tira a minha calcinha. Meu corpo inteiro arrepia. Ele leva a peça até o rosto, inspira devagar… e um arrepio percorre minha espinha quando ele a guarda no bolso do terno como se fosse um objeto precioso. — O seu cheiro é de enlouquecer — ele murmura antes de tomar minha boca num beijo quente. Ele segura meus pulsos e prende minhas mãos acima da minha cabeça, deixando minhas pernas completamente bambas. O elevador para. A porta se abre. Ao nos virarmos para sair, damos de cara com um casal de idosos nos encarando, estarrecidos. A vergonha me queima o rosto, mas ele apenas segura minha mão de novo — firme, decidido — e me puxa para fora do elevador como se nada tivesse acontecido. Ele abre a porta do quarto e me puxa para dentro antes mesmo que a luz acenda. O clique da porta se fechando atrás de nós parece selar algo… como se a noite finalmente estivesse começando de verdade. Ele me vira, encostando minhas costas na porta, seu corpo colado ao meu. Sua mão desliza pela lateral do meu rosto, descendo até minha garganta, fazendo meu coração acelerar ainda mais. — Você não tem ideia do que está fazendo comigo — ele sussurra, os olhos azuis queimando os meus. Eu fico imóvel. Ou talvez seja meu corpo que simplesmente não me obedece mais. Ele aproxima a boca da minha orelha, sua respiração quente percorrendo minha pele. — Desde o elevador eu só penso em sentir você… inteira. Meu estômago se revira. Meu corpo esquenta. E meu segredo pulsa dentro de mim — ele não sabe que eu nunca fui de ninguém. Ele segura minha cintura, puxando meu corpo contra o dele. A diferença de tamanho, de experiência, de controle… tudo me deixa tonta. Mas eu não recuo. Não digo nada. Não posso dizer. Ele me beija de novo, mais devagar dessa vez, como se estivesse me saboreando. Suas mãos descem pela minha coluna até chegarem à barra do meu vestido. — Tira pra mim — ele pede, a voz baixa, rouca, fazendo meu corpo estremecer. Minhas mãos tremem, mas eu obedeço. Levanto o vestido devagar, tentando parecer confiante, tentando não mostrar que meu coração está quase saindo pela boca de tão nervosa. Ele observa cada movimento, cada pedaço de pele que revelei. Quando o vestido cai no chão, seus olhos escurecem de desejo. — Linda… mais do que eu imaginava. Ele se aproxima, roçando a ponta dos dedos no meu quadril nu, subindo devagar — devagar demais — como se estivesse tentando descobrir quem eu sou através do toque. Eu prendo a respiração. Ele nota. Sorri de um jeito perigoso. — Está tremendo — ele comenta, encostando a testa na minha. — Gosta do que eu faço com você? Eu apenas balanço a cabeça. Não consigo confiar na minha voz. Ele segura meu queixo, me obrigando a olhar nos olhos dele. — Então deixa eu cuidar de você essa noite. Ele me deita na cama com uma calma que contrasta com o desejo evidente nos olhos dele. Suas mãos escorregam pela minha pele como se estivessem explorando território novo, quente, proibido — e cada toque acende algo em mim que eu nem sabia que existia. Meu peito sobe e desce rápido demais, denunciando tudo que tento esconder. Ele nota. Claro que nota. — Você fica ainda mais linda assim… — ele diz com aquela voz baixa que arrepia até a base da minha coluna. Ele se inclina e sua boca toca minha clavícula. Primeiro um beijo suave, depois outro mais firme, e mais outro, descendo lentamente, como se estivesse marcando um caminho que só ele deveria conhecer. Suas mãos deslizam pela minha cintura, abertas, quentes, como se quisessem memorizar cada curva. A forma como ele me toca… não é rápida. Não é apressada. É estudada. Profunda. Dominante. E eu nunca fui tocada assim. Meu corpo inteiro responde — minha pele arrepia, minha respiração falha, minhas pernas enfraquecem. Ele sorri contra minha pele, como se estivesse gostando de descobrir cada reação. — Sensível… — ele murmura, como se fosse um elogio íntimo. — Isso só me deixa com mais vontade. Ele segura minha coxa e a puxa lentamente para cima de seu quadril, abrindo espaço para se aproximar ainda mais. Meu coração dispara tão alto que acho que ele consegue ouvir. A voz dele, perto demais do meu ouvido, me desmonta: — Quero sentir você mais… não foge de mim. Eu não fujo. Eu não conseguiria, mesmo que tentasse. Ele me beija de novo, agora profundo, faminto, segurando minha nuca enquanto a outra mão percorre meu corpo inteiro com uma precisão quase cruel — descobrindo o que me faz tremer, o que me faz suspirar, o que me faz arquear contra ele. Tento esconder a hesitação — aquela que só eu sei o motivo. Mas ele interpreta de outra forma. Acaricia meu rosto com o polegar e diz, com uma paciência que quase me desmonta: — Eu vou no seu ritmo. Quero que você sinta cada detalhe. E sinto. Sinto o peso do corpo dele sobre o meu. Sinto o calor. Sinto a respiração acelerada. Sinto o momento crescendo, tudo ficando mais quente, mais íntimo, mais inevitável. Ele encosta a testa na minha, respira fundo como se estivesse se contendo, e sussurra: — Deixa eu te ter… devagar. E quando ele finalmente me possui, quando o calor dele invade o meu, um gemido escapa dos meus lábios antes que eu consiga impedir, um gemido que nasce do choque, da entrega, do desconhecido. Um gemido sai dos meus lábios quando sinto o mesmo ultrapassar as minhas barreiras — e naquele instante eu percebo que não existe mais volta. Ele se move com cuidado, com reverência, como se cada segundo fosse precioso demais para ser apressado. E eu só consigo agarrar seus ombros, respirar fundo e sentir. Sinto cada aproximação. Cada avanço. Cada parte dele ocupando um espaço que nunca foi de ninguém. E ele ainda não faz ideia… de que foi o primeiro a atravessar todas as minhas barreiras. Quando ele termina, sinto meu corpo inteiro estremecer — não só pelo momento, mas pelo peso da realidade me atingindo de uma vez. Assim que ele sai de cima de mim, eu me levanto rápido, sem olhar para trás, e praticamente corro para o banheiro. Que loucura eu acabei de cometer. Se a minha mãe souber disso… meu Deus, ela me mata. Encosto as mãos na pia, tentando recuperar o fôlego, mas minha mente está um caos — adrenalina, vergonha, prazer, medo, tudo misturado demais para separar. — Está tudo bem aí? — ele pergunta do lado de fora, batendo levemente na porta. — Sim. — é tudo o que consigo dizer. Fico ali por alguns minutos, respirando devagar até meu corpo parar de tremer. Acabo entrando no chuveiro, deixando a água quente cair sobre mim como se pudesse lavar a culpa, lavar a confusão… ou esconder o fato de que parte de mim ainda sente o toque dele na pele. Quando finalmente saio, enrolada na toalha, encontro-o sentado na beira da cama. Ele ergue o olhar assim que percebe minha presença. — Eu vou tomar um banho para levá-la para casa. — diz de forma casual, quase indiferente, enquanto se levanta. A frase dele atravessa meu peito como um estalo seco. Eu sei que fui eu quem se jogou. Eu sei que eu provoquei. Mas ouvir ele falando assim… como se nada tivesse significado absolutamente nada… dói de um jeito estranho. Ele entra no banheiro e fecha a porta. Eu engulo seco. Visto meu vestido com as mãos trêmulas. O quarto parece enorme e vazio demais sem ele, e a sensação de estranheza só aumenta. Me sento na cama. Meus olhos começam a arder. Eu pisco várias vezes, tentando impedir — mas não adianta. A exaustão b**e. A emoção b**e. Tudo b**e de uma vez. Deito de lado, apenas para descansar um pouco… mas acabo apagando. Não sei quanto tempo passa, mas acordo com uma sensação quente ao meu redor. Abro os olhos devagar, sonolenta, e encontro algo que me faz prender a respiração. O braço dele está ao redor da minha cintura. Ele está atrás de mim, colado ao meu corpo, respirando de forma calma, profunda… como se estivesse completamente confortável comigo ali. Fecho os olhos de novo, sentindo o peso do braço dele me envolver como uma âncora quente e estranhamente confortável. Respiro fundo. A última coisa que sinto é o peito dele se movendo contra minhas costas. E, sem pensar duas vezes… Eu volto a dormir.






