O sol do fim de tarde atravessava a janela do quarto do hospital, tingindo tudo com um dourado suave.
Isadora observava o bebê dormindo no bercinho ao lado da cama, o rosto sereno, a respiração tranquila — uma pequena melodia de paz depois da tempestade.
Leonardo, de pé junto à porta, falava ao telefone com uma expressão concentrada.
— Sim, coloque o berço no quarto principal, do lado esquerdo da cama... isso. E o móvel de apoio, perto da janela. — Pausou, ouvindo a resposta. — Não, sem nada de extravagante. Ela gosta de coisas simples, aconchegantes. Quero que ela se sinta em casa.
Desligou e se virou para ela, o olhar iluminado.
— Tudo certo. Quando receber alta, a gente vai direto pra casa.
Isadora arqueou a sobrancelha, sorrindo.
— Pra sua casa, você quis dizer.
— Pra nossa casa — ele corrigiu, sem hesitar. — Já tá tudo pronto.
Ela riu, balançando a cabeça.
— Leonardo, você não perde tempo, né?
— Quando é a coisa certa, não tem por que perder. — Ele se aproximou, sentando-se na be