Cinco meses se passaram como quem pisca os olhos.
A rotina da casa mudou, mas de um jeito gostoso. Calebe, agora com 1 ano e 6 meses, acordava todas as manhãs cheio de energia, correndo pela sala com aquele passinho ainda meio desengonçado, enquanto Isadora colocava as mãos na barriga já bem aparente do seu sexto mês de gestação.
Mesmo com o corre-corre de trabalho, maternidade e a vida acontecendo, ela se sentia mais leve. E muito mais sensível. Leonardo dizia que era culpa dos hormônios; ela retrucava dizendo que ele também andava emotivo… só que não tinha gravidez nenhuma pra culpar.
Naquela manhã, eles estavam a caminho da clínica para o ultrassom morfológico. Calebe ia no bebê-conforto com um ursinho esmagado contra o peito — seu atual “melhor amigo da vida”.
Isadora acariciava a barriga devagar.
— Hoje a gente descobre, hein… — ela disse com um sorriso de canto.
Leonardo segurou o volante com as duas mãos, tentando parecer calmo, mas o pé denunciava sua ansiedade, mexendo no rit