Os dias na TechGlobal transformaram-se em um teste de resistência para Isadora. Ela acordava cedo, vestia o blazer como se fosse uma armadura e atravessava os corredores de vidro com um sorriso que escondia a ansiedade. No trabalho, mantinha a aparência de perfeita profissional: entregava códigos limpos, cumpria prazos e participava das reuniões com segurança. Por baixo dessa fachada, porém, o corpo enviava sinais cada vez mais difíceis de ignorar. Enjoos surgiam sem aviso, tonturas a afetavam em momentos inoportunos e uma fadiga profunda se instalava como um peso constante.
Para lidar com aquilo, Isadora desenvolveu pequenos mecanismos de sobrevivência. Evitava o café quente da copa, fazia pausas estratégicas no banheiro, respirava fundo antes de voltar a uma apresentação e caprichava na maquiagem nos dias em que a palidez ameaçava aparecer. Esses artifícios funcionavam por algumas horas, até que um tremor nas mãos ou uma visão que vacilava denunciavam o que ela tentava esconder. Cad