O silêncio no banheiro parecia ensurdecedor. Isadora encarava a pequena caixa em cima da pia como se fosse uma bomba prestes a explodir.
Camila e Sofia estavam do outro lado da porta, esperando. Haviam insistido até que ela comprasse o teste na farmácia. Não havia mais desculpas, nem como fugir.
— Isa, estamos aqui, tá? — disse Sofia com a voz suave.
Isadora respirou fundo, as mãos trêmulas rasgando a embalagem. A sensação de medo era tão intensa que seu corpo inteiro parecia vibrar.
Quando finalmente apoiou o teste sobre a pia, o tempo se arrastou. Cada segundo parecia uma eternidade. Ela não ousava olhar.
Mas o coração disparou quando uma, depois duas linhas começaram a surgir na pequena janela. Claras. Inconfundíveis.
Seu estômago gelou.
— Não… não… não pode ser… — sussurrou, levando a mão à boca.
Lágrimas vieram sem pedir permissão. Não de alegria, não ainda. Mas de choque, de medo, de incerteza.
As batidas na porta a tiraram do transe.
— Isa? — Camila chamou. — Diz alguma coisa!