No dia seguinte ao embate, o clima na empresa estava mais pesado do que nunca. Bastou Isadora atravessar o corredor principal para sentir os olhares atravessados, os cochichos abafados e até mesmo os risos maldosos que cessavam quando ela passava. O coração apertava a cada passo, mas ela erguia o queixo, recusando-se a demonstrar fraqueza.
A origem de tudo não era segredo: Helena. A “patricinha rejeitada” não havia perdido tempo em transformar sua humilhação pessoal em munição contra Isadora. Bastava alguém ter cinco minutos na copa ou no elevador para ouvir frases como: “Ela só conseguiu a vaga porque se envolveu com o chefe” ou “Está usando o bebê como trampolim social”.
Isadora tentava ignorar, mas a crueldade das palavras a corroía por dentro. Não era apenas sua reputação em jogo: era seu trabalho, sua carreira, construída com tanto esforço. Cada vez que ouvia uma dessas insinuações, sentia como se parte da sua luta fosse apagada.
As coisas pioraram quando um e-mail anônimo circul