— Espere. Eu ouvi bem? Você quer trabalhar para mim?
Ele ri debochado.
—Espere! Eu ouvi bem? Você quer trabalhar para mim?
Eu engulo o meu orgulho e assinto.
—Sim. Sei que o meu trabalho não pagaria tudo que meu pai roubou, mas eu poderia trabalhar um tempo determinado pelo senhor para saldar uma parte da dívida e a outra parte, meu pai ajuntaria dinheiro para pagar.
Ele fecha a cara e dá um murro na mesa. Eu pulo da cadeira.
— Fale-me agora, qual é a diferença de você com Daniel?
Deus! Eu pisco, confusa e com medo pelo tamanho de sua agressividade. Mas digo ousada:
—Ele te..ve a chance de escolha, eu não. Daniel vendeu a sua alma por que quis.
—Vender a alma me lembra inferno, e Daniel está bem conosco. Muito melhor do que jamais esteve. Por acaso você tentou entender isso?
Eu estremeço.
—Isso não vem ao caso...
—Dio Santo! E o fato do seu pai roubar, você acha uma atitude certa?
Eu estremeço.
—Não! É claro que não...
—No entanto, está aqui defendendo um ladrão?
—Porque é meu pai. É da minha família que está falando.
—E Daniel, é o que