Narrado por Anya Petrova
Quando cheguei em casa, fechei a porta com tanta força que o eco percorreu o corredor inteiro. Encostei as costas contra a madeira, tentando recuperar o ar.
Meus dedos tremiam. O estômago revirava. A cena da clínica ainda queimava nos meus olhos.
Dmitri Volkov.
Ele não só tinha aparecido. Ele tinha sentado ao meu lado, como se fosse seu direito. Ele tinha colocado o nome dele na ficha médica, pagado por cada consulta, como se pudesse comprar também o meu corpo e a minha vida.
Caí no sofá, abracei uma almofada contra o peito e só consegui pensar em uma coisa: eu não estava segura em lugar nenhum.
Peguei o celular e disquei para Polina.
Ela atendeu no terceiro toque.
Polina: — Anya? Está tudo bem?
Minha voz saiu trêmula, falhand