Narrado por Anya Petrova

O restaurante tinha aquele ar que parecia escolhido a dedo. Elegante, mas discreto. Um espaço que poderia impressionar qualquer um, menos a mim. Nada ali me distraía do fato de estar sentada diante de Dmitri Volkov.

Ele não me olhava como um homem olha uma mulher. Não havia desejo ou encantamento em seus olhos. Era outra coisa. Um olhar frio, certeiro, como se estivesse estudando uma peça de xadrez.

Dmitri quebrou o silêncio primeiro.

Dmitri: — Você gosta de ser professora?

A pergunta me pegou de surpresa. Levei um segundo para responder.

Anya: — Gosto. É minha vida. Não me vejo fazendo outra coisa.

Ele inclinou a cabeça, avaliando cada palavra.

Dmitri: — Geralmente, as primeiras-damas da máfia não têm profissão. O papel delas é outro. Representar. Proteger o nome da família. Eu não sei se você poderá continuar dando aulas depois que nos casarmos.

Meu corpo inteiro se retes