— Nunca vi uma mulher tão sem vergonha como tu. — Yahya pragueja, praticamente empurrando Fátima para dentro do apartamento. — Viraste a maior vagabunda de todos os tempos. — Riu-se ao ver o olhar de desdém no rosto de Fátima.
Fátima afastou-se dele; não podia negar que o clima de terror se instalara naquele apartamento. Yahya era imprevisível e passar a noite ali, com ele, fazia-a sentir-se insegura. De um momento para o outro, o ambiente ficou glacial. A dava calafrio.
— Não me ouviste a dizer que terminamos tudo? Mesmo antes do prazo acordado. — Fátima gesticula irritada com tudo. — Sou capaz de ter que pagar uma multa por isso.
— Claro... Falas como se dinheiro fosse problema para ti. — Yahya se aproximou; Fátima quase tropeçou na mesinha de centro ao dar para trás. — Eu juro, se tentares me humilhar de novo, eu te mato, cadela.
A olhava com aqueles olhos esbugalhados e cheios de raiva.
Fátima tremeu e levantou sua mão instintivamente para se defender da mão que Yahya ergueu repen