A campainha tocava insistentemente. Fátima resmungou no sono. Abriu os olhos e olhou pelo vidro fumado do quarto. O sol iluminava com uma luz fraca. Se era aurora ou pôr do sol, ela não sabia dizer. Sua cabeça pesava, com uma tremenda dor. Olhou para o relógio: cinco e meia. Da manhã ou da tarde, ela não sabia. Sentia-se completamente confusa.
O dia anterior foi frustrante, para dizer o mínimo. Esteve no pior hospital que alguma vez visitou. Fez um monte de exames, que no final deram em nada alarmante. Esperou horas pelo médico, e de sobra teve que aturar uma viagem inteira com Elias.
Aturar seria demais, nunca imaginou que viajar com ele fosse ser tão divertido. Seu bom humor era simplesmente contagiante, tinha de admitir. Era muito fácil se senti à vontade ao seu lado.
Um sorriso se abriu nos seus lábios só e se lembrar daquela viagem de carro. Ele conduzia o carro dela, ela não deixava ninguém tocar nele:
— Como é que você ainda atem tanta energia? — Fátima procura saber, sem o enc