A moça que estava sentada no saguão do hospital universitário, não notou o olhar sobre ela, já á algum tempo. Selsabil ainda estava de uniforme, mexendo no celular com um leve sorriso nos lábios. Esperava pelo próximo ônibus, que viria em vinte minutos. Tinha acabado de sair de um longo turno de observação nas enfermarias, os primeiros dias de residência pareciam intermináveis. Era muito mais sinistro do que ouviu falar.
Morava longe, e embora os colegas insistissem que ela devia alugar um quarto perto do hospital, seus pais insistiam que era melhor ela continuar vivendo em casa. E lá estava ela, esperando pelo busão, tentando se manter acordada enquanto respondia às mensagens.
Do outro lado do saguão, alguém a observava atentamente. Assis já tinha visto seu nome nos resultados do último exame da residência, ela tinha tirado a nota mais alta do grupo. Ele não estava surpreso. De acordo com sua observação, ela era extremamente dedicada, foi elogiada por seus seniores. Sempre tão conce