— Será que tem alguém nesta cidade que você não tenha feito? — Fátima deu um olhar de nojo.
— Sim! A comunidade masculina — brincou. — Mas agora sou só teu. — Elias pega na mão de Fátima, com aquele olhar safado que só ele sabia fazer.
Fátima revirou os olhos.
— Quando cheguei neste país, não podia trabalhar como enfermeiro — explicou. — O único trabalho que consegui foi numa casa de repouso. Um dia chegou um paciente com sequelas de AVC. Eu cuidei dele, e a esposa ficou tão grata que me ofereceu este lugar.
— E tiveram um caso?
— Por algum tempo. Mas não era por dinheiro. Ela vendeu tudo que tinha. Eu cuidei bem do marido. Ele recuperou, mas nunca mais foi o mesmo.
Fátima ficou em silêncio. A empolgação inicial da descoberta começava a esva