Minha nossa! Eu devia ter prestado mais atenção nas palavras de Lilith quando se referia ao uso dessa medicação para fazer suas vítimas adormecerem. Nem mesmo a bula eu havia lido. Julie havia conseguido a prescrição da medicação subornando um dos médicos do hospital da cidade, exatamente como minha mãe costumava fazer. Quem diria que um dia eu agiria como ela. Pelo menos, no meu caso, era por uma boa causa.
O tempo se arrastava com uma lentidão impressionante. Já devia ter passado pelo menos meia hora desde que entrei no banheiro, quando por fim saí de lá, apreensiva, gelada de medo. Para meu mais completo alívio, o canalha estava dormindo, tranquilamente, na mesma posição em que eu o deixara. Apenas para ter certeza de que não estava fingindo, me aproximei e o cutuquei na altura do ombro, sem que ele movesse um só músculo do seu corpo.
Puta merda! Nós tínhamos mesmo conseguido.
Exultante, fui até a porta e abri para que Julie entrasse, trancando-a novamente por dentro.
— E aí, deu c