— Delancy... — consegui balbuciar finalmente.
Despertando, ela levantou-se quase com um pulo.
— Liam, você acordou.
— O que aconteceu?
— Você levou um tiro.
— Dessa parte eu me lembro. Tiraram a bala de mim? Quem tirou? Há quanto tempo estou apagado?
— Shhh... fica calmo. Tente não falar tanto. Você perdeu muito sangue. Ainda está fraco. Quer um pouco de água?
— Sim. Por favor.
Ela afastou-se por um instante e logo voltou trazendo um copo com água. Ao tentar me levantar, fui golpeado por uma dor paralisante no local do ferimento e optei por continuar deitado, enquanto ela me ajudava a beber o líquido gelado, que molhou confortavelmente minha garganta seca.
— Me conta o que aconteceu — exigi, sentindo-me um pouco mais forte.
Delancy sentou-se na beirada da cama, perto o suficiente para que meu corpo ignorasse o fato de ter um buraco de bala latejando no ombro e se concentrasse unicamente no calor que emanava dela, o desejo de tocá-la sobressaiu-se a tudo mais, inclusive à dor.
— Willia