Do quarto ao lado, Delancy surgiu, usando apenas um roupão, com seu rosto ainda sonolento, nos observando com aflição. Foi um alívio perceber que não era nada relacionado a ela, que estava tudo bem.
— O que diabos significa isso? — indaguei.
— O senhor está sendo preso pelo assassinato de Juliane Almeida — disse ele, sacando um par de algemas do seu cinto, enquanto eu o fitava incrédulo, tentando processar aquela informação, mas sem conseguir.
Não fazia sentido. Eu estivera com Juliane há poucas horas e ela estava perfeitamente bem.
— Do que você está falando? — indaguei, quase em choque.
— Por favor, vire-se para que eu o algeme. Tem algo a dizer em sua defesa?
— Juliane está morta? Como isso aconteceu?
— Por favor, vire-se.
— Eu não fiz nada, porra! — vociferei, perdendo a paciência.
Foi então que os dois outros policiais avançaram para cima de mim, virando-me de frente para a parede, sem que eu cometesse a burrice de lutar contra os dois. O delegado algemou meus pulsos atrás das mi