Com isto, a mulher a silenciou, certamente conseguindo impor sua decisão.
Quase senti pena da menina, por ser tão tola e fraca, por ceder tão facilmente à vontade da mãe. No lugar dela, eu a teria mandado ir para a puta que pariu e determinado meu próprio destino ali mesmo, jamais permitiria que uma megera estivesse no controle da minha vida. Delancy era submissa demais às outras duas, uma boba, o que talvez explicasse porque concordou em participar daquele golpe, embora não a isentasse da sua culpa.
— Não precisa fazer tanto drama — dirigi-me à Delancy. — Você será muito bem tratada na minha casa, terá vários empregados à sua disposição e, quando a criança nascer, poderá vê-la quando quiser. Eu jamais a proibirei de ver o seu filho, embora terei a guarda legal dele. Até seu nascimento, eu já terei voltado para São Paulo, mas você pode deixar essa cidadezinha de merda e ir morar lá. Talvez arranjar um emprego que preste, estudar e se tornar alguém melhor.
A menina não disse nada. Apen