Imaginei qual seria a reação dele se eu falasse que fui forçada a uma inseminação artificial, que nunca estive naquele clube. Com certeza, não acreditaria em mim e ainda acharia que eu estava inventando para me safar. Então eu teria despertado o ódio não apenas da minha mãe, mas dos dois e as consequências desse ódio seriam catastróficas. Ele que acreditasse no que fora falado, talvez merecesse essa culpa por frequentar aquele antro de perdição. Eu não ligava. Até porque em breve estaria bem longe de todos eles, só precisava esperar a oportunidade certa para fugir com meu filho.
— De uma coisa você pode ter certeza: eu não transaria com um homem como você. Não por vontade própria.
— Cuidado com o que diz, menina. Eu posso encarar isso como um desafio.
Um frio atravessou meu estômago e decidi me calar, pois quanto mais abria a boca, mais parecia piorar as coisas.
— Se alguém te forçou a alguma coisa naquela maldita noite, esse alguém foi a megera da sua mãe! — vociferou ele e o encarei