O que ele sentia por mim... era obsessão. E eu não posso me permitir viver isso de novo. Não agora.
Fechei os olhos por um momento, tentando conter o aperto no peito.
— Ou ele está apenas obstinado — murmurei, amargurada. — Obstinado por ter me perdido... e pelo desejo de continuar a farsa.
Clarice suspirou, o olhar distante.
— Não sei, minha filha. O que vi nos olhos dele não era raiva. Era algo mais. Um homem em guerra consigo mesmo.
— Homens como Zahir — respondi, com um meio sorriso triste —, não suportam perder. Ele não quer a mim, quer o controle.
Clarice abaixou a cabeça.
— Talvez..., mas, às vezes, o amor e o orgulho se confundem. E é aí que ele machuca mais.
—Tia, agora eu tenho um filho, não posso me arriscar.
— Tia, agora eu tenho um filho, não posso me arriscar — murmurei, sentindo a garganta apertar.
Clarice me olhou longamente, como se tentasse medir o peso das palavras que eu acabara de dizer. O rosto dela, sempre doce, mostrava uma preocupação genuína, misturada com aquela compaixão que só o amor de família pode carregar.
— Eu sei, minha filha... — respondeu baixinho