Muitos não disfarçaram o espanto de eu ser esposa dele.
Deitei-me no quarto, exausta, e adormeci quase imediatamente.
Acordei com um toque leve no braço. Abri os olhos — e o vi.
Zahir estava diante de mim, com Vitor no colo.
Sentei-me assustada. Todo o drama do dia anterior me invadiu como uma onda fria.
Zahir, mesmo com a roupa amassada, parecia renovado... e mais bonito do que nunca.
Vitor, ao me ver, sorriu e estendeu os bracinhos. Eu o peguei e o abracei forte.
Zahir nos observava em silêncio. O olhar dele, fixo em nós, era indecifrável.
— Bom dia — murmurei com ternura, ajeitando Vitor no colo. — Dormiu bem?
Minha voz falhou. A emoção me dominou.
Poderia ter perdido meu filho para sempre.
As lágrimas ardiam nos meus olhos — não apenas de alívio, mas de um turbilhão de sentimentos que eu mal conseguia nomear.
Havia gratidão, medo, arrependimento. E uma dor muda por ter me afastado de Zahir sem razão, por ter quebrado algo que talvez ainda pudesse existir entre nós.
Zahir permaneceu em silêncio. Os cabelos negros, ainda úmidos, estavam