Ponto de vista de Claire.
O carro do Capo cortava a noite, os postes de luz ficando para trás em um borrão.
Aaron me segurava perto, seus beijos leves espalhados pela minha bochecha, cada um carregando uma ternura que fazia meu peito doer.
— Eu cheguei tarde… me desculpa de verdade. — Ele murmurou, a voz baixa, quase quebrando.
Havia tanta coisa em seus olhos.
Amor, preocupação, uma vulnerabilidade que ele raramente deixava alguém ver.
Meu coração vacilou, um pequeno e involuntário tremor.
Ergui a mão, meus dedos roçando sua mandíbula.
— Está tudo bem. — Eu disse suavemente.
— Ela nem me machucou de verdade.
Ele baixou o olhar, soltando um suspiro desigual.
— É minha culpa. Eu juro, não vou deixar que você se machuque de novo. Nem um pouco.
Então ele encostou o rosto no meu ombro, seu corpo tremendo só um pouco.
Soltei uma risada leve, quase incrédula.
— Engraçado… eu me machuco, e ainda assim é você quem desmorona.
Ele não respondeu, apenas apertou o abraço, como se minha segu