Matteo FieldsMinhas mãos percorriam o corpo de Emmy estudando-a pela primeira vez, conhecendo cada curva, cada suspiro que ela solta quando a toco. Beijei sua barriga com devoção lenta, subindo aos poucos. Era como se cada centímetro da pele dela me pertencesse — ou, ao contrário, como se eu fosse prisioneiro de cada fragmento seu.Então, as vi.Cicatrizes.Garras haviam se cravado em sua cintura e quadris, traçando linhas tortas e profundas como uma lembrança viva de descontrole. Uma memória impressa em carne.Meus lábios pararam ali. Beijei cada uma delas com reverência. Me inclinei ainda mais e as lambi — não pelo desejo, mas por um instinto mais primitivo, protetor, possessivo. Como se pudesse apagar a dor com minha língua.— Isso doeu? — sussurrei contra sua pele, tentando controlar o tremor na voz.Um sussurro escapou dela, quase perdido na maneira dificultosa que respirava.— Não doeu na hora... — murmurou. — Só um pouco depois.Acariciei as marcas com os dedos, como se pudes
Emmy ZackO impacto da investida de Matteo me arrancou o fôlego. Foi brutal. Profundo. Quente. Tão intenso que meu corpo demorou mas se arqueou após algumas investidas, o grito preso em minha garganta me obrigou a afastar os lábios do membro de Chase.Ele não se moveu. Apenas observou.Os olhos fixos nos meus, dominadores, famintos — como se assistir à minha rendição fosse mais prazeroso do que qualquer toque. Seu olhar me invadia tanto quanto o corpo de Matteo, que me segurava pela cintura como se quisesse me moldar com as próprias mãos.— Você vai aguentar — a voz de Chase era uma promessa afiada, fria e impiedosa. — E depois dele... será a minha vez.As palavras me rasgaram como um feitiço. Cruas. Quase cruéis. Mas meu corpo respondeu antes que eu pudesse lutar. Os pelos da nuca se eriçaram, e minha pele formigou com antecipação.Segurei seu pau novamente, querendo senti-lo em minha boca, querendo me entupir de ambos, de todos os lados. Mas ele afastou minha mão co
Emmy ZackO tremor pós-orgasmo ainda me dominava, minha pele arrepiada, os músculos fracos, a respiração descompassada. Foi então que Matteo saiu bruscamente de dentro de mim, e antes que eu pudesse sequer protestar, puxou-me pelos cabelos com força, me obrigando a erguer o rosto.— Abra a boca — ordenou com aquela voz gutural, cheia de posse, grave o suficiente para me arrepiar por inteira. — Vai engolir tudo. Me entendeu?Assenti com os olhos, o coração batendo no ritmo do caos.Abri a boca para ele, recebendo seu pau quente e pulsante entre os lábios ainda trêmulos. Minhas pernas mal me sustentavam, mas minha boca sabia o que fazer. Chupei com força, firmeza, sentindo o gosto da minha própria excitação ainda ali, misturado ao sabor dele, cru e selvagem.Minha boceta ainda latejava com as estocadas anteriores, mas agora, era a minha boca que se tornava o centro de tudo. Matteo gemia alto, a mão enlaçada no meu cabelo como se quisesse me manter ali para sempre.— Puta que pariu... —
Chase FieldsA respiração de Emmy era entrecortada contra meu peito, arfando como se o ar lhe escapasse aos poucos. Seus dedos cravavam-se em minhas costas com uma urgência desesperada, e eu podia sentir seus tremores enquanto a segunda onda de prazer nos consumia. Meu gozo preenchia seu interior, quente e possessivo, selando a marca invisível que eu insistia em deixar nela.Curvei-me sobre seu corpo exausto e passei os lábios por sua pele úmida, mordiscando seu pescoço em pontos diferentes, deixando pequenas manchas rubras marcando minha presença.Ela gemeu, fraca, quase como se implorasse por alívio.— Chase... — sua voz era um fio rouco e vacilante — E-eu não aguento mais...Soltei uma risada baixa, mas não havia escárnio nela — apenas a satisfação crua de vê-la entregue, à beira do colapso, tão linda em sua vulnerabilidade. Meus olhos encontraram os dela, opacos pelo cansaço, mas ainda assim cheios de algo que ela mesma parecia não entender.— Tudo bem, loirinha... — murmurei, bei
Emmy ZackAs agulhas dançavam entre nossos dedos como pequenas lanças prateadas, refletindo a luz suave que filtrava pelas janelas altas do salão de tapeçarias. Os sorrisos entre as mulheres eram cálidos, bordados com o som das risadas baixas e do tilintar dos enfeites em nossas vestes. Era um daqueles raros momentos de tranquilidade, onde o destino parecia adormecido, e os fardos de sangue e dever não ousavam se intrometer.Mas então, a harmonia se partiu.Uma serva vestida com um vestido verde deslizou pelo salão como uma sombra em movimento. Seus passos eram suaves, mas seu semblante carregava uma urgência que gelou o ar ao meu redor.— Deusa... — ela disse com a cabeça curvada, a voz baixa como um lamento. — Os filhos do Deus Transmorfo desejam uma audiência com a senhora...Minhas mãos pararam. A linha se partiu entre meus dedos. O silêncio caiu como uma neblina pesada, as mulheres ao meu redor prenderam a respiração.Era como se o próprio tempo tivesse sido cortado por aquela no
Emmy ZackEstendi a mão, os dedos trêmulos prestes a tocar a moldura dourada do quadro. Queria senti-la — a superfície áspera, fria, real. Como se, ao tocar, eu pudesse desfazer o tempo e trazer minha irmã de volta. Como se aquele instante pudesse curar o abismo que crescia em mim.Mas não cheguei a tocá-lo.Uma mão firme envolveu a minha, afastando-me do transe como se puxasse minha alma de volta para o presente.— Emmy? — a voz de Alec soou baixa, envolta em preocupação.Virei lentamente o rosto, os olhos ainda embaçados pelas lágrimas. Aquelas íris verdes me observavam com intensidade — não com desejo, mas com preocupação genuína, que apertou meu peito de forma inesperada. Ele se aproximou e, com os polegares, secou as lágrimas que escorriam silenciosas pelo meu rosto.— O que aconteceu com você...?Tentei falar, mas as palavras se escondiam sob a névoa do que eu havia sentido. Um cansaço profundo se apossou dos meus músculos, como se meu corpo, ao lembrar, tivesse atravessado eras
Emmy ZackAcordei com um solavanco, caindo da cama com um estrondo surdo contra o chão frio de mármore. Meu coração disparava dentro do peito, e o suor frio escorria pela nuca. Outro pesadelo. Mais um.Madison apareceu no meu campo de visão antes que eu pudesse me recuperar. Seus cabelos dourados estavam soltos, caindo sobre os ombros como uma cortina cintilante sob a luz bruxuleante do abajur. Ela estendeu a mão, a expressão meio divertida, meio exasperada.— Você bebeu chá de hortelã antes de dormir de novo, não foi?Soltou um suspiro enquanto me puxava de volta para cima. Sua força me desequilibrou por um segundo, e eu quase tropecei.— Você sabe o que as guardiãs dizem sobre isso, Emmy.Antes que eu pudesse responder, Sol entrou no quarto, equilibrando um monte de toalhas dobradas no braço. Seu olhar deslizou rapidamente para mim, e ela franziu o cenho.— Pelos deuses menores e maiores, você precisa parar de desobedecer as guardiãs.Ela fechou a porta atrás de si com o quadril e jo
Emmy ZackObservei minha mãe analisando todas nós, Denise Zack parou diante de nós, e seu olhar gelado desceu até a maçã no chão. Com um simples movimento de mão, um feixe de energia se formou ao seu redor, levantando a fruta do mármore e conduzindo-a até sua palma.— Quem fez isso?Madison sequer hesitou.— Jennie. Ela sempre j**a coisas na Emmy.Minha mãe lançou um olhar afiado para Jennie, que deu um passo para trás instintivamente. Sem desviar os olhos, mamãe apertou os dedos, e a maçã explodiu em pó entre suas mãos.— Por hora, deixarei isso passar.Seu tom deixava claro que não era uma concessão, e sim um aviso.Ela se virou, seus longos cabelos negros ondulando com o movimento.— Me sigam. Teremos visitantes na Torre. — Suas palavras ecoaram pelo corredor. — E vocês, comportem-se.Seguimos atrás dela, mantendo a postura reta, como nos foi ensinado desde crianças.A época não era comum para visitas. O outono trazia recolhimento. Lobos, vampiros, transmorfos e outras criaturas se