Alec Fields
Os olhos dela, naquela cor, devastavam qualquer lógica em mim. Emmy era uma tempestade silenciosa, e sua energia fluía pelo salão como uma onda invisível que arrancava o fôlego de todos — especialmente o meu. Ela dançava, sem ter a menor noção do quanto sua simples presença era catastrófica para criaturas menores, para almas frágeis. Seu poder escapava como perfume raro, inebriante, e ninguém ali sabia o que fazer com aquilo.
Mas ela também não sabia quem era.
Cresceu trancada numa torre, vigiada por olhos famintos e mentes paranoicas, todos obcecados em conter o que ela podia ser.
Não era justo.
Ela ainda era apenas uma menina no corpo de uma mulher, uma menina tentando entender por que o mundo parecia pequeno demais para a energia que nascia dentro dela.
E mesmo assim, mesmo sem termos chegado ao ponto central — aquele ponto de ruptura onde tudo se revela ou tudo colapsa — eu já sentia a verdade cutucando meus ossos.
Observei os reis de Strindor: sua alteza e a consorte