Naquela noite, Edgar foi imediatamente detido pela polícia. Levado à delegacia, acabou entregando quem era o seu chefe.
Jamais imaginara que sua identidade seria exposta justamente numa situação como aquela.
E menos ainda podia acreditar que, apenas por ter obtido informações sobre Beatriz, sem sequer causar ferimentos físicos, já seria condenado a dez anos de prisão.
Indignado, Edgar exigia um advogado para recorrer da acusação. Enquanto isso, Karine observava a cena pela janela da sala de interrogatório e decidiu entrar pessoalmente.
Quando viu uma estrangeira de terno impecável e óculos adentrar a sala, Edgar não a reconheceu de imediato.
— Você deveria agradecer por não ter participado diretamente da tentativa de ferir a senhorita Beatriz. Limitou-se apenas a fornecer informações. Do contrário, já não estaria vivo neste momento. — Disse Karine com um sorriso frio, onde não havia o menor traço de simpatia. — A culpa foi sua por ter escolhido o lado errado ao se associar com alguém c