— No momento, o Sr. Gabriel recebeu os devidos cuidados e já está fora de perigo. — Relatou a secretária.
Renato ouviu, a testa franzida, os punhos cerrados com força, o olhar fixo em um ponto distante.
Se fosse um acidente comum, ele não teria reagido assim. Mesmo que Gabriel tivesse morrido atropelado, pouco lhe importaria. Mas o problema era outro...
Aquele carro não vinha contra Gabriel. O alvo era a ex-esposa dele. Gabriel só se ferira porque a salvara.
E alguém estava tentando matá-la.
O caso anterior, quando Vinícius usara sonífero para sequestrá-la, ainda não tinha sido resolvido. Agora, mais um acidente acontecia.
Todas as vezes, a intenção era a mesma: que Beatriz morresse.
“Faça limpo. Eu quero ela morta...”
A lembrança surgia em sua mente, a voz da irmã ecoando, tirada das conversas anônimas que ele mesmo tinha visto naquele site.
Renato voltou a si, o semblante sombrio.
— Descubra se o motorista deste atentado tem alguma ligação com aquele Vinícius. — Ordenou com frieza.
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