A essa altura, o Sr. Henrique já havia compreendido toda a história.
Então, no fim das contas, foi aquela mulher quem armou tudo.
Foi ela quem plantou a discórdia, quem manipulou os fatos.
E Gabriel, cego pelas mentiras, culpou e machucou Beatriz injustamente, repetidas vezes.
Ele já estranhava: como alguém poderia causar tanto sofrimento a outra pessoa, a ponto de quase levá-la à morte, e depois, do nada, voltar a amá-la com tamanha intensidade, como se fosse a mulher da vida?
Agora fazia sentido.
Não era ódio de verdade.
Era um ódio construído sobre um equívoco. Uma ferida nascida de uma grande mentira.
Se Vitória não tivesse aparecido, talvez Gabriel e Bia já estivessem juntos, felizes, apaixonados.
Mas agora, com a verdade diante dos olhos, tudo era ainda mais cruel.
Gabriel tinha descoberto que estava errado. Que a pessoa que ele feriu... Era a única que realmente o amava.
E mesmo assim, ele a destruiu com as próprias mãos.
— Me desculpe, Sr. Henrique. Eu não levei em conta o esta