Aquela caligrafia era de Beatriz, mesmo que o caderno estivesse cheio de anotações sobre o outro homem que ela amara.
Ainda assim, era a única coisa dela que Gabriel podia ter agora.
Decidiu guardá-lo como lembrança.
Dissera a si mesmo que o trataria apenas como um objeto, sem se importar com o conteúdo.
Mas, quando foi colocá-lo dentro da caixinha delicada que preparara, não resistiu.
Dessa vez, começou a folhear, página por página, até o fim.
Eles haviam sido colegas no ensino médio.
Se Beatriz gostara de um rapaz naquela época, era bem possível que ele também o conhecesse.
E, mesmo que não o conhecesse, poderia descobrir quem era.
Queria ver com os próprios olhos que tipo de homem conseguira conquistar Beatriz, a ponto de ela encher um diário inteiro com lembranças dele.
Enquanto lia, Gabriel tentava conter o ciúme feroz que o corroía por dentro.
Sentia que, se descobrisse o nome daquele sujeito, talvez fosse capaz de ir atrás dele e matá-lo ali mesmo.
[Treinamento militar do primei