Beatriz encarava aquele homem em surto, os dentes cerrados, tentando com todas as forças não brigar.
Doente. Insano. Louco.
Nada parecia suficiente para descrever Gabriel naquele momento.
Ele trancou a porta com chave e ainda passou mais duas trancas de segurança.
Depois disso, ficou ali, imóvel diante da porta, feito um carcereiro, como se estivesse vigiando sua própria prisão.
Beatriz deu meia-volta sem dizer nada, entrou no quarto e bateu a porta com firmeza.
Não valia a pena gastar energia com um psicopata desses.
Gabriel viu ela sumir no corredor e o rosto dele até relaxou um pouco. Mas só por alguns segundos.
Logo depois, ouviu um barulho e viu a caixinha da joia sendo arremessada para fora do quarto.
Ele rangeu os dentes de raiva.
Mas não se foi para pegar.
O som cessou.
Foi então que, na suíte de hóspedes, a porta se abriu lentamente.
Vitória apareceu com passos leves, o olhar atento e um sorriso doce no rosto.
Abaixou-se, pegou a caixinha do chão com todo cuidado e se aproximo