— Beatriz, você é mesmo parcial... Mas também, faz sentido. Você só amou uma pessoa na vida: o Daniel.
As palavras saíram da boca de Gabriel com um tom de mágoa tão profundo que seu olhar parecia implorar por compreensão. A dor contida em seu rosto foi suficiente para que muitos ao redor suspirassem em silêncio.
“Pobre Sr. Gabriel... Ele realmente a ama.”
Beatriz, no entanto, manteve o rosto inexpressivo. Aquela encenação não a abalava em nada.
Quando Gabriel finalmente soltou Daniel, ela se virou e o ajudou a recompor-se com um gesto calmo. Mas direto.
Foi o bastante para incendiar o coração de Gabriel.
Ele cerrou os punhos com ainda mais força. Aquele simples gesto, discreto, mas carregado de significado, deixava claro o que todos já começavam a aceitar: a fofoca era verdadeira.
Os funcionários de ambos os lados, embora em silêncio, estavam em perfeita sintonia.
“Se ela não negou nem ali, com todo mundo presente... É porque era verdade.”
— Sr. Gabriel, não foi o senhor mesmo que dis